O dia de Ação de Graças, uma celebração rica em história e simbolismo, é uma festa observada principalmente nos Estados Unidos e Canadá. Esta festividade, que ressoa com temas de gratidão, partilha e comunidade, tem as suas raízes nos primeiros colonos britânicos que chegaram à América do Norte. Ao longo dos séculos, enquanto as tradições evoluíam, o elemento central do banquete tradicional continuava a ser o famoso peru. Este artigo explora as origens e tradições do Dia de Ação de Graças, desde as dificuldades dos primeiros colonos até à emblemática refeição que une famílias inumeráveis em torno de uma mesa. Abordaremos os eventos e histórias que moldaram esta celebração rica em simbolismos, oferecendo um vislumbre de como esta ocasião especial é vivida nos lares contemporâneos.
Celebrada principalmente en Estados Unidos y Canadá, Acción de Gracias hunde sus raíces en los primeros colonos británicos llegados a Norteamérica y su difícil adaptación.
O Dia de Ação de Graças, celebrado com grande pompa nos Estados Unidos e no Canadá, faz-nos recuar aos primeiros dias da colonização britânica na América do Norte. Os colonos, conhecidos como peregrinos, enfrentaram um conjunto de desafios ao chegar a esta terra desconhecida. Lutaram contra o frio, a fome e as doenças para conseguirem estabelecer as suas pequenas comunidades. Não tardaram a perceber que a sobrevivência dependia de uma adaptação rápida às novas condições e de uma relação harmoniosa com os povos indígenas locais.
Este encontro levou à partilha de conhecimentos essenciais para a sobrevivência, como técnicas de cultivo de milho e a utilização de plantas locais. Para agradecer a ajuda e as colheitas abundantes, os colonos decidiram organizar uma festa de gratidão. Desde então, esta celebração transformou-se num símbolo de solidariedade e gratidão, elementos fundamentais que permanecem parados no tempo.
10 Acción de Gracias (Jennie Augusta Brownscombe)
Jennie Augusta Brownscombe, uma renomada artista americana, capturou a essência do primeiro Dia de Ação de Graças na sua famosa pintura “The First Thanksgiving”. Esta obra, criada em 1914, imortaliza a cena icónica da refeição partilhada entre peregrinos e indígenas americanos, refletindo a mistura cultural que este dia representa. Através da sua arte, Brownscombe destacou a ideia de união e harmonia, valores centrais que a celebração pretende inspirar até hoje.
A pintura apresenta figuras distintas, unidas em torno de uma mesa rústica, num abraço simbólico entre duas culturas que aprenderam a conviver e a colaborar em nome da sobrevivência. Brownscombe oferece, assim, uma visão alegórica do que muitos consideram a primeira celebração de Ação de Graças. Esta interpretação artística não só enriquece o nosso entendimento do passado, mas convida-nos a refletir sobre as tradições que herdamos e perpetuamos.
El origen del Día de Acción de Gracias
O Dia de Ação de Graças tem as suas raízes em várias tradições da Europa Ocidental, onde já se celebravam as colheitas com festividades e rituais de agradecimento, mesmo antes do estabelecimento dos pioneiros. Ao cruzarem o Atlântico, os colonos britânicos trouxeram consigo estas tradições, adaptando-as às novas circunstâncias e influências encontradas no Novo Mundo.
Nos Estados Unidos, a história mais citada remonta a 1621, quando os peregrinos de Plymouth Colony e os nativos Wampanoag celebraram uma boa colheita com um festim, marcando assim a origem do que conhecemos como o primeiro Dia de Ação de Graças. Este evento histórico não foi chamado de “Dia de Ação de Graças” na altura, mas foi uma expressão de gratidão e aliança. Com o passar do tempo, vários estados americanos começaram a observar esta data em dias diferentes, até que Abraham Lincoln proclamou um Dia Nacional de Ação de Graças em 1863, na esperança de unir uma nação dilacerada pela Guerra Civil.
Cuatro orígenes para una sola fiesta
O Dia de Ação de Graças que celebramos hoje é, na verdade, a confluência de várias tradições e histórias. Além da festividade de 1621, há relatos de Dias de Ação de Graças anteriores, celebrados por exploradores espanhóis no Texas em 1541 e por colonos ingleses no que viria a ser a Virgínia em 1607. Cada um desses eventos detém um lugar no complexo mosaico da história americana, ilustrando como a celebração se desenvolveu ao longo dos anos.
A unificação de várias tradições sob um único feriado reflete a crescente diversidade cultural do país. Em 1941, o Congresso dos Estados Unidos fixou a data oficial como a quarta quinta-feira de novembro, solidificando assim a tradição moderna. A festa une elementos da cultura indígena e europeia, onde cada contributo moldou a tradição que hoje conhecemos, uma representação vibrante da fusão cultural que está no coração da identidade nacional americana.
The First Thanksgiving, 1621
A festa de 1621, agora considerada como o primeiro Dia de Ação de Graças, durou três dias e foi marcada por abundância e camaradagem. Os relatos históricos descrevem o evento como um momento de cooperação entre os peregrinos e os Wampanoag. O líder dos Wampanoag, Massasoit, terá contribuído com cinco veados para a refeição, enquanto os peregrinos providenciaram frutos do mar, aves selvagens (incluindo perus), milho e outros alimentos disponíveis.
Este banquete, embora simples comparado às expansivas refeições de hoje, era uma rica expressão de gratidão e reconhecimento pelos sucessos agrícolas, graças às técnicas adquiridas dos nativos. O evento serviu para cimentar alianças, aliviando tensões e estabelecendo uma base para mais interações cooperativas entre os dois grupos no futuro.
¿Por qué se come (y se perdona) un pavo?
O peru tornou-se sinónimo de Ação de Graças, mas a escolha deste prato não é casual. Durante o século XIX, o peru era uma escolha popular para festas devido à sua abundância e a praticidade de alimentar grandes grupos. Como ave nativa da América do Norte, rapidamente substituiu o cisne e o pato, antes populares, consolidando a sua posição como o prato central da refeição.
Adicionalmente, a tradição de perdoar um peru, preservando a sua vida, tornou-se uma prática simbólica que acrescenta um elemento lúdico e filosófico ao feriado. Esta cerimónia anual é conduzida pelo presidente dos Estados Unidos na Casa Branca desde o final do século XX. O ato de ‘perdoar’ um peru reflete a dualidade do feriado – um momento de celebração e gratidão, mas também de reflexão sobre compaixão e humanidade.
Acción de Gracias Cartel electoral
A celebração de Ação de Graças desenvolveu-se ao longo dos anos e, com ela, surgiram muitas representações culturais, incluindo em cartazes eleitorais. Estes materiais frequentemente abordam temas de unidade, progresso e união nacional. Durante as décadas de 1940 e 1950, em particular, figuras públicas e candidatos eleitorais adotavam o simbolismo de Ação de Graças em seus cartazes para promover a esperança e a união.
A simbologia do peru, das famílias reunidas e das colheitas abundantes eram aproveitadas para criar uma imagem de estabilidade e segurança, apelando diretamente aos valores tradicionais e à nostalgia dos eleitores. Esta apropriação cultural destaca a flexibilidade da festividade para se adaptar a diferentes narrativas e contextos políticos.
Tópico | Detalhes |
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Origens | Colonos britânicos e influências indígenas em Plymouth, 1621. Outras celebrações em Texas e Virginia. |
Tradições | Jantar com peru, pratos típicos e a prática do perdão do peru. |
Simbolismo | União cultural, gratidão, comunidade e reflexão histórica. |
Representações Artísticas | Pintura de Jennie Augusta Brownscombe e uso em cartazes eleitorais. |